09 maio 2011

Coisa de MULHER #9

aaaa aqueles dias
Por: Debora Brito


O "Coisas" vem frenético, num tema desagradável do nosso universo.

Pode ser da religião que for, da educação que for, da nacionalidade, da cor da pele que for, do tamanho do manequim que for, já passou, passa ou vai passar por esse dia. Uma vez por mês temos esse dia. Algumas não o tem, outras em compensação tem mais de um. O dia TENSO, o dia mór, o dia em que sua TPM resolve te possuir a alma. Te reinar os ânimos, te maltratar, te dar na cara. Sempre tem um dia foda. O dia 100% a flor dos nervos.

Tem aquelas mulheres do tipo A, que sai distribuindo raiva e maus tratos por aí, parecendo a mal comida, parecendo o caramunhão, bem loco, o tinhoso em terra com chicote flamejantes em punhos. Ela que, quando acontece alguma merda, fica em silêncio por 3 segundos: O tempo de girar a cabeça de um lado pro outro....de um lado pro outro....se concentrando, tentando não foder, mas em vão. Vai sim, estourar e gritar fogo, rogar a pior das pragas no miliante que se opor, vai dar dedada na cara do infeliz que fizer uma crítica negativa bem naquele dia do cão. Vai arrancar o couro, vai querer esfolar/lixar a cara do fulano no muro chapiscado. E vai fazer.

A do tipo B: "Porque as pessoas resolvem tudo assim no tapa? .... uma pena para o gênero feminino, fico envergonhada...ó céus..."
Essa uma, fica submersa numa vibe triste. Anda magoada, inchadjinha, num mal estar...Vê um arco-iris, chora. Vê algum casalzinho se acarinhar dengosamente na rua, chora. Alguém fala numa entonação mais calorosa, pronto, esmurece. Não precisa de muito. Ela fica ressentida, fica contando as horas pra poder ir pra casa deitar e se entregar. Um draaaama.

A do tipo C: "Ela está certa mesmo, tem que surrar a atendente. Eu faria igual, dava na fúça da ordinária ".
Não dava. Ela é estoradinha mas não chega nas vias de fato. Reclama, fala sozinha, quer que logo termine esse período farpado de TPM. Se sente péssima. Odeia o trabalhão que dá o troca troca de absorventes e todo o conjunto mulherzinha indefesa. Se pudesse emendava uma cartela de pilula na outra. Pra sempre. E nunca mais passava por esse dia amaldiçoado.

A do tipo D: "Concordo com ela".
Essa colega não se dá o trabalho de pensar, fica meio catatônica nesses dias. Meio fora do ar, meio que sendo levada pela correnteza. Como já está dominada pelo mal estar fisiológico, não se dá ao luxo de questionar, simplesmente vai que vai, e vai de boa.

A do tipo E: "Não é comigo".
Age como se estivesse invisível, perambulando pela própria vida nesse dia tenso. Desvia seu olhar de tudo e de todos, se pudesse não sairia de casa, ou, sairia com um saco de pão na cabeça, só com o furinho dos olhos. Se sente uma miserável nesse dia crítico. As pessoas falam e entra por um ouvido e sai pelo outro. Evita falar. Evita o sol.


Me desculpem a ausência da logo "coisas de mulher".
Acabei de entrar no meu dia... Veja - Coisas de Mulher anterior (aqui)


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Por: Debora Brito
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