Venho de uma família grande, unida e muito bagunceira como convém a toda a família desse porte, neles encontrei minhas referencias para tudo, meus heróis, minhas bases, meu conceito de beleza. Afinal o ser humano busca isso no dia a dia para construir sua personalidade.
Veja bem, quando crianças, suspiramos com a mulherMaravilha e com o superHomem, vibramos ao som da Angélica e da Xuxa, e sempre sonhamos em ser paquitas ou modelo, suspiramos com as princesas da Disney, Barbie, e outras bonecas loiras e rosadas.
Crianças sempre buscam heróis, e comigo a historia não foi diferente, o mais parecido era o saci, que era pretinho, mas era bem safado, não tinha uma perna e fumava um cachimbo. Desisti de procurar exemplos na mídia e no folclore e me inspirei na minha própria família.
Fui crescendo, e na escolinha quando brincavam com meu cabelo de trancinha (os bonzinhos), ou faziam algum comentário maldoso (os malvados), comecei a me perguntar por que não havia bonecas negras, ou algo que me fizesse acreditar na beleza da minha etnia. Mais uma vez por intervenção da minha família aprendi a valorizar diferenças, exaltando-as e não me afundando em criticas. Como uma prima, por exemplo, cortou seus cabelos por que eles não eram como os da Barbie.
Ao lado da minha família presenciei casos de racismo, discriminação, e preconceito, quando enfrentei cada um deles, encontrei nela a base para me fortalecer e aprender que o ser humano é diferente.
LEIA A PARTE2
Por Agnes Maria
Veja bem, quando crianças, suspiramos com a mulherMaravilha e com o superHomem, vibramos ao som da Angélica e da Xuxa, e sempre sonhamos em ser paquitas ou modelo, suspiramos com as princesas da Disney, Barbie, e outras bonecas loiras e rosadas.
Crianças sempre buscam heróis, e comigo a historia não foi diferente, o mais parecido era o saci, que era pretinho, mas era bem safado, não tinha uma perna e fumava um cachimbo. Desisti de procurar exemplos na mídia e no folclore e me inspirei na minha própria família.
Fui crescendo, e na escolinha quando brincavam com meu cabelo de trancinha (os bonzinhos), ou faziam algum comentário maldoso (os malvados), comecei a me perguntar por que não havia bonecas negras, ou algo que me fizesse acreditar na beleza da minha etnia. Mais uma vez por intervenção da minha família aprendi a valorizar diferenças, exaltando-as e não me afundando em criticas. Como uma prima, por exemplo, cortou seus cabelos por que eles não eram como os da Barbie.
Ao lado da minha família presenciei casos de racismo, discriminação, e preconceito, quando enfrentei cada um deles, encontrei nela a base para me fortalecer e aprender que o ser humano é diferente.
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Por Agnes Maria