Por: escolaneit
Em 2017, participei de uma imersão de moda em Paris. Foi nessa viagem que percebi a necessidade de aprofundar meus conhecimentos sobre a cultura africana diaspórica; senti que era essa a base que eu precisava explorar na moda que vislumbrava para mim como estilista, na época.
Em abril de 2025, embarquei como NEIT ESCOLA e junto com a BRAFRIKA liderando sete mulheres para uma imersão de moda na África do Sul. Essa experiência solidificou minha convicção de que estava no caminho certo – um caminho para o qual, em 2017, eu tinha pouca experiência e muitas perguntas sem resposta.
Na África do Sul, vi pessoas negras proprietárias de negócios bem-sucedidos, observei moda feita por eles e para eles. Respirei arte e cultura sem a necessidade de estar em espaços especificamente designados para isso; encontrei soluções.
Estar em um lugar onde não se precisa viver em constante alerta de perigos relacionados à cor da pele... Imagine a sensação de saber que seu nome foi dado por sua comunidade e que esse nome lhe confere a certeza de suas origens.
E qual a relevância disso na moda? Que a cultura e a tradição são os fios que tecerão sua jornada na moda. Confirmei isso nessa viagem, validei aquilo em que acredito e que ofereço aqui há anos: é possível, sim, viver dessa moda.
A moda não é apenas uma apreciação artística, é um negócio( e não NADA de errado vender isso). Para eles, é algo tão fluido que a excelência que buscamos como ponto de chegada, como ápice, é o ponto de partida. Tudo começa a partir da estética, lembra? Essa é a verdadeira excelência.
Os sul-africanos não carregam medo no olhar; eles conhecem seus produtos, dominam o que vendem e não criam com o mero objetivo de gerar desejo de consumo. Eles confiam no que fazem e no que você precisa, porque sua perspectiva é de dentro para fora, e essa é uma das chaves.
Bem, estou em paz, trouxe perspectivas na mala. Tenho feito um bom trabalho por aqui e confirmei que a vida vale a pena e a moda é possível.
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