Minha mãe iniciou o processo de alisamento no meu cabelo muito cedo com certeza por pressão social, e por não entender ou conseguir tratar dos meus cabelos. Enfim desde que me lembro, tinha uns cinco aninhos quando era obrigada a passar meus sábados enfurnados em cabeleireiros, era um verdadeiro saco.
De 11 para 12 anos resolvi não mais ir ao cabeleireiro e meu cabelo era uma coisa horrível, não me entendia com ele, principalmente por causa dos padrões de beleza e bonecas que brincava todas brancas/loiras com cabelos lisos.
Eu detestava meu cabelo e a escravidão do cabeleireiro! Foi nesse momento que meu pai, interferiu magistralmente na minha autoestima, me levando para cortar o cabelo e tirar todo aquele alisado terrível. Lembro-me que ele disse que eu estava linda com o cabelo de pom pom, e a partir daquela data, meu pai cuidava do meu cabelo.
Os pais tem forte influência na autoestima da criança e me orgulhei da minha raça e dos meus cabelos, porque em casa sempre ouvi meu pai contar seus casos profissionais (ele é professor), onde ele sempre exclamava: Olha sou crioulo, e via essa exclamação como: sou crioulo, negro, portanto sou forte e imbatível.
Graças a Deus me casei com um homem negro e consciente de seu papel na criação da nossa filha, e ele foi parte fundamental para que nossa pequena sempre combatesse todo o preconceito contra sua cor e seu cabelo de cabeça erguida e orgulhosa. Mesmo quando isso lhe custava muita raiva. Minha filha tem 11 anos e desde pequenininha enfrenta olhares e risadinhas por conta de seu cabelo. É importante que homens negros casem com mulheres negras, pois ao contrários os filhos sofrem, principalmente quando meninas que não veem seu reflexo em sua mãe.
#voceleu A Raiz da História
Bem, assim como tem em alguns blogs, aqui você vai pode conta a história do seu
cabelo. Contar todo o processo, seus medos, os resultados, o que ajudou . . .
Quer participar também?! Manda a história com fotos
pro e-mail:trancanago@gmail.com No assunto: A Raiz da História
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