21 setembro 2010

Reconhendo as minhas origens

Por: Ramona Flores


Como toda garota,com o cabelo denominado "ruim" perante a sociedade. Eu era uma das enriquecedoras dos salões de cabeleleiro,me submetia a vários tratamentos capilares, com químicas fortissímas,para que meu cabelo ficasse Liso, era em torno de três em três meses, esse sofrimento de puxa aqui, arde ali, fora as feridas que ficavam em meu couro cabeludo e o custo de cada tratamento. Fiquei escrava das químicas por 6 anos.

No fim de 2007 conheci uma pessoa da qual, até hoje sou grata, por ter aberto meus olhos à minha verdadeira origem, essa pessoa me ensinou que meus traços, meus lábios, meu cabelo "ruim"e meu nariz avantajado, que não precisava me submeter mais a sociedade, que impõem um padrão Europeu desdo momento em que nascemos,até o nosso crescimento.



Estou com 18 anos, porém vai fazer 3 anos do qual me reconheço como Negra, por mais que falem que Não sou Negra, por minha cor não ser escura, por dizerem que sou Branca, ou Amarela;sendo que minha cor esta em meu sangue,que é vermelho e vem de minha decendência afro brasileira, creio que não preciso de uma denominação de uma cor e sim o reconhecimento de meus antepassados.



Apartir do momento em que cheguei no salão do cabeleleiro que sempre tratou de meu cabelo e falei: - Gil corta toda a quimica e deixa meu cabelo Natural. Não foi apenas por estética ou moda, foi o reconhecimento de minha verdadeira origem, e o sepultamento de uma pessoa que não tinha a sua idêntidade própria e verdadeira.



E agora cá estou,feliz,linda e mais forte com ideias dos quais anteriormente não tinha.




Por: Ramona Flores