Por: Nívia Almeida “Soul Black”
Meu cabelo crespo retrata a minha identidade enquanto afro-descendente e instiga a valorização das minhas raízes. Devo acreditar que fora dos padrões exigidos pela mídia cravo a minha marca de soul Black. Há um tempo não me sentia inserida enquanto afro por meio de uma massa controladora por quererem deixar um rotulo de igualdade nos seres principalmente nos nossos irmãos. O que é padrão?De onde vêm? É visível o rotulo exigido para que se possa vender no Brasil caminhe pelo bairro da liberdade em Salvador que tem como moradores negros as propagandas são para esse determinado público circule pelos grandes shoppings da cidade negros, vocês conseguem se enxergar?Por que eu não consigo. Talvez esteja fora dos padrões exigidos... O macro influência o micro. É fato perceber o gritante preconceito por que exaltar que a primeira protagonista negra? Por que não dizer uma atriz talentosa? Porque o primeiro presidente negro?Por quê? Por quê? Por quê? É evidente que a personagem foge aos padrões ditados pela sociedade e pela trajetória das HELENAS de Manuel Carlos.
Como eu posso ter negros orgulhos de sua cor se na mídia eu não vejo o MEU ROSTO? Se eu nego as minhas origens se sou podada na escola para não falar da minha cultura, para não pintar com lápis preto ou marrom as minhas bonecas. Por que fica feio só cor de pele impera na caixa de lápis do pró se a boneca mais interessante é a de cor mais clara e a negra é recusada pelo próprio negro que não quer ou tem vergonha de se olhar no espelho refletido na imagem daquela boneca. E VIVA A DEMOCRACIA… BRASILLLLLLLLLLLLL. UM PAÍS DE TODOS NÓS OU MELHOR, DE UM PEDAÇO DELE SABE QUAL? AQUELE QUE NEGROS POBRES E INDIOS NÃO ESTÃO.
Os resquícios de uma colonização e as idéias pré- concebidas ainda continuam onde foi parar o nosso raciocínio?Se ainda existem COTAS é porque o preconceito é existente, ou melhor, está maquiado nas lentes cor de rosa que muitos copiam e acreditam que a pequenos passos vamos mudar.
Hoje tenho orgulho do meu crespo das minhas ondas pude perceber o valor que o negro tem e me sinto feliz por estar feliz por ter orgulho das minhas raízes a partir do momento que passei da Margem para o público ativo hoje meus pensamentos não são meras palavras soltas ao vento são marcadas no papel e na mente como as dores sentidas pelos nossos irmãos... Até hoje dói